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de 1.400 professores da rede estadual se reuniram, ontem, em nova assembleia da
categoria, no Ginásio Paulo Sarasate, no bairro Dionísio Torres, em Fortaleza,
e decidiram manter a greve, que já dura 52 dias. Estudantes que estão ocupando
as escolas municipais estiveram no local em apoio aos professores.
Em decisão unânime, os professores que estavam no local
rejeitaram a proposta feita pelo Governador do Estado Camilo Santana, que
oferece reajuste salarial de zero a 2%. "Nós já tivemos algumas
conquistas, pois o movimento está sendo intenso com a grande paralisação dos
professores e também a participação dos alunos. Mas quando chegamos na questão
do reajustes, o que o Governo ofereceu foi inaceitável. Nós queremos ganhos
reais, precisamos de propostas que atendam a toda a classe", diz a
professora Lilia Costa.
Há 31 dias, no entanto, a greve foi considerada ilegal
pelo Tribunal de Justiça do Ceará (TJ-CE). Entre a pauta, os professores da
rede reivindicam um reajuste salarial de 12,76%; a realização de eleições
diretas para gestores em todas as escolas; o fim dos assédios morais nas
escolas; uma educação pública de qualidade e a e efetivação dos professores
temporários.
De acordo com o vice-presidente do Sindicato dos
Professores e Servidores da Educação e Cultura do Ceará (Apeoc), Reginaldo
Pinheiro, a proposta do Governo de aumento entre 0% e 8%, que não contempla a
todos os profissionais, além de ser abaixo da inflação de 2015, foi rechaçada
pela categoria.
Negociações
"A greve continua por tempo indeterminado. Buscamos
abertura nas negociações. Já houve alguns avanços em relação à verba suplementar
para a alimentação dos alunos, a compra de computadores e a volta do programa
Professor Coordenador de Área, mas em relação à remuneração, que é a nossa
principal reivindicação, não houve progresso".
http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/
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