Cidade do Vaticano. Na primeira cerimônia com os fiéis depois de anunciar a renúncia e a penúltima antes deixar o papado, Bento XVI convocou ontem a Igreja e a todos os seus membros a se renovar.
Mais de 100 mil pessoas se reuniram na Praça de São Pedro, no Vaticano, para a cerimônia de Angelus dominical, que normalmente atrai poucos fiéis FOTO: REUTERS
Falando a uma multidão estimada em mais de 100 mil fiéis na Praça de São Pedro, no Vaticano, o papa pediu que todos rejeitem o orgulho e o egoísmo e se reorientem em direção a Deus. "...o que implica uma luta, um combate espiritual, porque o espírito do mal quer nos desviar do caminho de Deus", afirmou.
Com voz firme e clara, Bento XVI também pediu aos fiéis que rezem por ele e pelo próximo papa e agradeceu "de coração" pelas orações e afeto recebido nos últimos dias.
A cerimônia do Angelus dominical costuma atrair poucos fiéis, mas diante do anúncio da renúncia, autoridades prepararam um esquema especial para atender a uma multidão de pessoas.
"Queríamos desejar tudo de melhor para ele. É preciso muita coragem para aceitar a posição e muito mais ainda para sair", afirmou Amy Champion, do País de Gales.
Entre os presentes para assistir ao Angelus esteve o prefeito de Roma, Gianni Alemanno, que junto com uma comitiva da prefeitura levou uma bandeira da Cidade Eterna, da qual Bento XVI é bispo.
Esta foi a ocasião, segundo o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, na qual a cidade de Roma homenageou aquele que é seu bispo desde 19 de abril de 2005, já que não está prevista uma audiência específica com as autoridades da capital italiana.
Após o Angelus, o papa se retira para exercícios espirituais com a Cúria Romana, que terminarão no próximo sábado, e que fará na capela "Redemptoris Mater", no Vaticano.
Todas as atividades do papa para esta semana de exercícios espirituais, como é normal na época de Quaresma, foram canceladas.
No mesmo dia em que realizou a sua penúltima cerimônia de Angelus, o papa usou a conta oficial do Twitter para divulgar uma mensagem sobre a Quaresma. "A Quaresma é um tempo favorável para redescobrirmos a fé em Deus como base da nossa vida e da vida da Igreja", afirmou o pontífice.
.jpg)
.jpg)
Nenhum comentário