Reescrevendo a história de Maria de Bil, que se tornou mártir varzealegrense ao ser brutalmente assassinada pelo seu esposo, Bil, em 11 de março de 1926, há registro no livro “O Ceará”, elaborado e publicado em Fortaleza, em 1938, por Raimundo Girão e Antônio Martins Filho, que continha o perfil dos municípios do Estado, do primeiro projeto para construção de um grande açude em Várzea Alegre, na comunidade de Barragem, com o nome de açude Várzea Alegre. O sítio Barragem fica distante da sede do município, 5 quilômetros, na Sede Rural.
O objetivo da construção do açude era beneficiar as terras agricultáveis do Vale do Machado e alavancar a cultura do arroz, leguminosa que Várzea Alegre produzia fartamente na região. A obra, iniciada em 1919, atraiu muitos trabalhadores, dentre estes, a figura de Clementino Romeiro, pai de Maria.
O açude Várzea Alegre e o Olho D’água
Não há registro oficial nem do órgão e nem da fonte de recursos para a construção do reservatório, mas tudo indica que o açude Várzea Alegre seria tocado pelo Governo Federal. Segundo os irmãos Nicolau e Estêvão Sátiro, o engenheiro responsável pela obra era o Dr. Pedro Ciarlino. De acordo com Raimundo Sátiro, atual secretário de Infraestrutura da cidade, feitas as primeiras fundações do açude, ou seja o alicerce, foi constatado que seria muito difícil barrar as águas do Riacho do Machado, com a parede construída em uma terra de baixio, muito arenosa, e com a tecnologia usada na época. Segundo Estêvão e Nicolau Sátiro, com a descoberta, Dr. Pedro Ciarlino abandonou a obra, suspensa em 1920, e foi assumir a construção do açude São Gonçalo, em Souza, no estado da Paraíba. Ao abandonar a construção, Dr. Ciarlino deixou tomando conta dos alojamentos o varzealegrense Zé de Sátiro.
Pelo projeto, a parede do reservatório ligaria a Serra do Olho D´água à Serra do Mandu, com extensão de cerca de um quilômetro. O açude represaria no Vale do Machado numa expansão de cerca de 10 quilômetros, até a comunidade de Picada.
O objetivo da construção do açude era beneficiar as terras agricultáveis do Vale do Machado e alavancar a cultura do arroz, leguminosa que Várzea Alegre produzia fartamente na região. A obra, iniciada em 1919, atraiu muitos trabalhadores, dentre estes, a figura de Clementino Romeiro, pai de Maria.
O açude Várzea Alegre e o Olho D’água
Não há registro oficial nem do órgão e nem da fonte de recursos para a construção do reservatório, mas tudo indica que o açude Várzea Alegre seria tocado pelo Governo Federal. Segundo os irmãos Nicolau e Estêvão Sátiro, o engenheiro responsável pela obra era o Dr. Pedro Ciarlino. De acordo com Raimundo Sátiro, atual secretário de Infraestrutura da cidade, feitas as primeiras fundações do açude, ou seja o alicerce, foi constatado que seria muito difícil barrar as águas do Riacho do Machado, com a parede construída em uma terra de baixio, muito arenosa, e com a tecnologia usada na época. Segundo Estêvão e Nicolau Sátiro, com a descoberta, Dr. Pedro Ciarlino abandonou a obra, suspensa em 1920, e foi assumir a construção do açude São Gonçalo, em Souza, no estado da Paraíba. Ao abandonar a construção, Dr. Ciarlino deixou tomando conta dos alojamentos o varzealegrense Zé de Sátiro.
Pelo projeto, a parede do reservatório ligaria a Serra do Olho D´água à Serra do Mandu, com extensão de cerca de um quilômetro. O açude represaria no Vale do Machado numa expansão de cerca de 10 quilômetros, até a comunidade de Picada.
Houve várias tentativas de retomar a construção do açude, mas, isso só foi possível na década de 1990, depois de 78 anos, no governo do presidente da república Fernando Henrique Cardoso, quando o Ceará estava sob o governo de Ciro Gomes e o prefeito de Várzea Alegre era o Dr. Pedro Sátiro, no cumprimento do seu terceiro mandato.
Ciro Gomes, o governador, assinou a ordem de serviço para a construção do açude Olho D’água, na comunidade de São Vicente, dispensando a área do sítio Barragem e o projeto inicial. A construção foi realizada pelo Exército Brasileiro. Dr. Pedro Sátiro e o empresário e ex-deputado Luiz Otacílio Correia figuraram como protagonistas da obra do açude, inclusive com a construção de uma adutora. Diferentemente de 1919, o açude agora tinha dois objetivos: Abastecer a cidade e irrigar o Vale do Machado.
Em 1997, um ano após Dr. Pedro Sátiro sair do governo municipal, a obra foi inaugurada reunindo no palanque ele, o então prefeito João Eufrásio e o governador da época, Tasso Jereissati.
Preservação Natural
O que ainda está conservado pelo tempo, nesses 95 anos, sem nenhum tipo de cuidado especial, são as fundações iniciais do açude Várzea Alegre, na encosta da Serra Olho D’água, que em 2004 sofreu impacto quando boa parte foi aterrada pela cheia histórica do Riacho do Machado, com a também histórica primeira sangria do açude Olho D’água.
Também há resquícios dos quatro alojamentos onde ficavam os trabalhadores da obra, sendo que os registros desses casebres são mais evidentes nos fundos da residência dos irmãos Lázaro e Bezinha.
Também, tomada pela vegetação, uma pequena vereda, que seria a estrada aberta para que os trabalhadores da obra tivessem acesso à cidade.
No quintal da residência de Estêvão Sátiro está conservada parte da pedra de fundação do açude Várzea Alegre.
Essa matéria foi editada no alpendre da casa de Nicolau Sátiro, por Marcos Filho, com presenças de Raimundo Sátiro (Secretário de Infraestrutura, Francisco Evanildo (Subsecretário de Cultura e Turismo) e dos repórteres Laece Oliveira e Damião Ferreira.
Assessoria de Comunicação
Prefeitura Municipal de Várzea Alegre
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