Após recomendação do corpo pelo pároco Padre José
Mota Mendes foi sepultado nesta manhã o corpo da criança de pouco mais de um
ano que havia sido acometida pelo calazar. Muitos foram os comentários nas
redes sociais onde cada um expressa sua indignação e sentimentos, e claro contra
fatos não há argumentos, o que não adianta nesse momento será apontarmos os
causadores e sim sermos uma soma de pessoas que lutam pelo mesmo objetivo
solucionar o problema que é muito sério, que o diga João Ediglê pai da criança.
Que a partir de agora busquemos a solução já que no momento o pior aconteceu.
E o nosso primeiro passo será conhecer um pouco mais
da doença através de uma matéria do Dr. Drauzio Varela.
Embora alguns
canídeos (raposas, cães), roedores, edentados (tamanduás, preguiças) e equídeos
possam ser reservatório do protozoário e fonte de infecção para os vetores, nos
centros urbanos a transmissão se torna potencialmente perigosa por causa do
grande número de cachorros, que adquirem a infecção e desenvolvem um quadro
clínico semelhante ao do homem.
A doença não é
contagiosa nem se transmite diretamente de uma pessoa para outra, nem de um
animal para outro, nem dos animais para as pessoas. A transmissão do parasita
ocorre apenas através da picada do mosquito fêmea infectado.
Na maioria dos
casos, o período de incubação é de 2 a 4 meses, mas pode variar de 10 dias a 24
meses.
Sintomas
Os principais
sintomas da leishmaniose visceral são febre intermitente com semanas de
duração, fraqueza, perda de apetite, emagrecimento, anemia, palidez, aumento do
baço e do fígado, comprometimento da medula óssea, problemas respiratórios,
diarreia, sangramentos na boca e nos intestinos.
Diagnóstico
O diagnóstico
precoce é fundamental para evitar complicações que podem pôr em risco a vida do
paciente. Além dos sinais clínicos, existem exames laboratoriais para confirmar
o diagnóstico. Entre eles destacam-se os testes sorológicos (Elisa e reação de
imunofluorescência), e de punção da medula óssea para detectar a presença do
parasita e de anticorpos.
É de extrema
importância estabelecer o diagnóstico diferencial, porque os sintomas da
leishmaniose visceral são muito parecidos com os da malária, esquistossomose,
doença de Chagas, febre tifóide, etc.
Tratamento
Ainda não foi
desenvolvida uma vacina contra a leishmaniose visceral, que pode ser curada nos
homens, mas não nos animais.
Os antimoniais pentavalentes, por via endovenosa, são as drogas mais indicadas para o tratamento da leishmaniose, apesar dos efeitos colaterais adversos.
Os antimoniais pentavalentes, por via endovenosa, são as drogas mais indicadas para o tratamento da leishmaniose, apesar dos efeitos colaterais adversos.
Em segundo lugar,
está a anfotericina B, cujo inconveniente maior é o alto preço do medicamento.
Uma nova droga, a miltefosina, por via oral, tem-se mostrado eficaz no
tratamento dessa moléstia.
A regressão dos
sintomas é sinal de que a doença foi pelo menos controlada, uma vez que pode
recidivar até seis meses depois de terminado o tratamento.
Recomendações
* Mantenha a casa
limpa e o quintal livre dos criadores de insetos. O mosquito-palha vive nas proximidades
das residências, preferencialmente em lugares úmidos, mais escuros e com
acúmulo de material orgânico. Ataca nas primeiras horas do dia ou ao
entardecer;
* Coloque telas
nas janelas e embale sempre o lixo;
* Cuide bem da saúde do seu cão. Ele poderá
transformar-se num reservatório doméstico do parasita que será
transmitido para pessoas próximas e outros animais não diretamente, mas por
meio da picada do mosquito vetor da doença, quando ele se alimenta do
sangue infectado de um hospedeiro e inocula a Leishmania em
pessoas ou animais sadios que desenvolvem a doença;
* Lembre-se de
que os casos de leishmaniose são de comunicação compulsória ao serviço oficial
de saúde.
Na conclusão de todo o problema
ouça o que diz o promotor de justiça Dr. André Luiz Simões Jácome.
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