Juazeiro do Norte - Rádio Progresso foi pioneiro na migração de AM para FM no Brasil.

A rádio Progresso AM 1310 foi pioneira a fazer a migração de AM para FM no país, situada na cidade de Juazeiro do Norte no Cariri cearense a rádio passou a partir desta sexta-feira 18. A cerimonia de mudança ocorreu às 20h30, na sede da emissora, e contou com a participação do ministro das Comunicações, André Figueiredo. A emissora então passou operar seu sistema radiofônico como frequência modulada – FM.

Agora com a modernidade do estúdio a programação poderá ser ouvida nos dispositivos moveis como aparelhos celulares smartphones e tablets, segundo um dos seus comunicadores quem mais ganhou com a mudança foram os ouvintes, que poderão ver e ouvir em tempo real as atividades de estúdios.

O diretor da Associação Cearense das Emissoras de Rádio, disse que radiodifusão no Brasil está bem representada pela rádio progresso realizando a inovação, as emissoras viveram momentos históricos onde a rádio AM teve toda uma importância principalmente no jornalismo.

Da migração

A migração é uma antiga reivindicação dos radiodifusores brasileiros. Com a alteração, as emissoras transmitirão com melhor qualidade e menor interferência. Além disso, os veículos poderão ser sintonizados por dispositivos móveis, como celulares e tablets. A mudança de faixa foi autorizada por um decreto presidencial em 2013.

Atualmente, 1.781 emissoras estão na frequência de AM no Brasil. Desse total, 1.386 pediram a mudança de faixa e 937 rádios já poderão fazer a migração neste ano de 2016. Outras 437 emissoras terão de aguardar a liberação de espaço na faixa de FM, o que vai ocorrer com a digitalização da TV no país.

No mês passado, o Ministério das Comunicações começou a emitir os boletos de pagamento da outorga para mudança da faixa. Os valores para começar a transmitir a programação em FM variam de R$ 8,4 mil até R$ 4,4 milhões. A tabela foi elaborada com base em critérios como índices econômicos, sociais e população do município em que a rádio está localizada, além do alcance.

Após a quitação do boleto pelo radiodifusor, o MC emite o ato que autoriza a migração de faixa. Na sequência, as rádios devem apresentar uma proposta de instalação da FM e solicitar à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) a permissão de uso da radiofrequência. Depois da liberação gerada pelo órgão regulador, os veículos já podem começar a transmitir a programação na faixa de FM.
Todos esses procedimentos foram cumpridos pela Rádio Progresso, de Juazeiro do Norte (CE). O evento de início das transmissões na faixa de FM, nesta sexta-feira, contará com a participação de diversas autoridades, como o governador do Ceará, Camilo Santana, prefeitos da Região do Cariri e secretários de Estado e municipais.

Da fundação.

Empreendimento do Grupo Bezerra de Menezes, a Rádio Progresso do Juazeiro do Norte, principal cidade do Cariri, no sul do Ceará, foi inaugurada, festivamente, em 1º de maio de 1967, depois de três anos de intensos preparativos legais, materiais e técnicos sob o rigor do período dos governos militares. Entrou no ar como “ZYB-35, Emissora Caririense de Educação e Cultura, antena onidirecional para todo o Brasil”. Donos da emissora, a segunda do Juazeiro depois da pioneira Rádio Iracema, inaugurada em 1950, os irmãos Adauto Bezerra, então deputado estadual, e Humberto Bezerra, então Prefeito, trouxeram para a festa o governador do Ceará, Plácido Castelo, o comandante da 10ª Região Militar, general Dilermando Monteiro, e outras autoridades do Estado.

Marcou o dia inaugural da Rádio Progresso um grande show musical na Quadra João Cornélio, sob o comando do diretor da emissora, educador, historiador, jornalista e cronista Menezes Barbosa. Apresentaram-se 18 artistas cantores do Rádio e TV Jornal do Comércio, do Recife, diante de uma plateia de mais de quatro mil pessoas.

Começou assim a história da Radio Progresso do Juazeiro que teve seus primeiros estúdios no Edifício Banco do Juazeiro, Rua Santa Luzia, centro da cidade, e logo se firmou como a mais importante emissora de educação, cultura e esportes da região, oferecendo sempre jornalismo responsável e entretenimento saudável a serviço do desenvolvimento da sociedade do Juazeiro e do Cariri.

Entrei nessa história poucos meses depois da inauguração da rádio, contratado como redator em agosto de 1967. Passei a fazer parte de um cast onde brilhavam, além de João Barbosa e Walter Barbosa, irmãos do diretor Menezes Barbosa, os repórteres, produtores e locutores Carlúcio Pereira, Carlos Pimentel, Wellington Amorim, Campos Júnior, Wilton Bezerra, Jussier Cunha, João Sobreira, Francisco Ferreira, Robledo Pontes, Pedro Bandeira, Roterdan Martins, Wellington Oliveira, entre outros.

 E assim comecei a realizar o sonho de ser jornalista acalentado desde os 12 anos como estudante em Pernambuco. Com o apoio do diretor-gerente Menezes Barbosa, cronista titular da emissora consagrado como dono de grande audiência no Juazeiro, tornei-me criador, produtor e editor do Repórter Cariri, um informativo de notícias curtas e objetivas da cidade e da região, apresentado por Geraldo Batista, em duas edições diárias, 10 horas e 18 horas, oferecendo ampla cobertura das atualidades regionais. Orientava-me pelos padrões editoriais do Repórter Esso, líder de audiência em todo o Nordeste, pelo Rádio Jornal do Comércio, do Recife, e do Globo no Ar, da Rádio Globo, do Rio de Janeiro, ambas emissoras, das mais potentes do Brasil, com forte penetração no Juazeiro.


Sucesso de produção e de audiência desse Repórter Cariri, entre 1968 e 1969, deu-me maior conhecimento da realidade regional, razoável aprendizado jornalístico e notável projeção no mercado do Cariri, proporcionando-me convites e oportunidades para ocupação de novos espaços na mídia do Ceará e de Pernambuco que me abriram novos horizontes profissionais no mundo da comunicação. Assim, durante esses dois anos de intensa atividade jornalística na Rádio Progresso, exerci também a função de correspondente regional dos jornais Tribuna do Ceará e Correio do Ceará e da Ceará Rádio Clube, todos de Fortaleza, e do Diário de Pernambuco, mais tradicional jornal da capital Pernambucana e mais antigo em circulação na América Latina.

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