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( FOTO: FABIANE DE PAULA ) |
Mais duas
mortes de bebês com microcefalia foram registradas no Ceará. Com isto, sobe
para 21 o registro de óbitos no Estado. A informação consta no último Boletim
Epidemiológico da Microcefalia e alterações Sistema Nervoso Central, divulgado
pela Secretaria da Saúde (Sesa), ontem. Do total de mortes, três foram
episódios de natimortos e os outros 18 casos evoluíram óbito após o nascimento.
A diferença em relação ao boletim anterior, divulgado no dia 22 de fevereiro, é
de duas mortes.
Das mortes, 47,6% (10), permanecem em investigação e 52,4% (11/21) foram
confirmados sugestivos de infecção congênita. Um destes casos a houve a
identificação do vírus Zika no tecido fetal.
Fortaleza registra sete das 21 mortes. Canindé (2), Acarape, Crateús,
Iguatu, Ipaumirim, Jucás, Maracanaú, Morrinhos, Pacajus, Quixeramobim, Russas e
Tejuçuoca são outros municípios que também confirmaram óbitos.
O número de notificações também cresceu, passando de 335 registros no
boletim anterior, para 352 no documento divulgado ontem. Porém, a quantidade de
episódios confirmados permanece a mesma. Ao todo, somente 33 casos foram
confirmados o que equivale a 9,4% do total notificado.
De todos os registros feitos entre outubro de 2015 e o dia 29 de
fevereiro deste ano, 13,6% (48) foram descartados e 77% (271) estão em
investigação. Do casos notificados, 83,2% (295) foram detectados no pós-parto e
16,2% (57) durante a gestação.
Localização
O atual boletim também indica ampliação na distribuição geográfica dos
casos. O documento anterior apontou o registro de casos em 77 cidades do Ceará.
O atual, expõe que subiu para 80 o número de municípios com notificações de
crianças com diagnóstico de microcefalia.
No boletim, a Secretaria da Saúde (Sesa) reforça que a população deve
adotar medidas que possam reduzir a presença de mosquitos Aedes aegypti que é o
transmissor do zika vírus. A eliminação de criadouros e a proteção da exposição
de mosquitos, com ações como manutenção de portas e janelas fechadas ou teladas
são recomendadas pelo poder público. O documento orienta ainda que grávidas
devem usar calça e camisa de manga comprida e utilizar repelentes apropriados.
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