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O esforço de quem vive da terra faz a
toda a diferença na qualidade dos produtos ( Foto: Fabiane de Paula )
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Iguatu. Apesar das dificuldades enfrentadas pelos agricultores no
sertão cearense no atual ciclo de cinco anos seguidos de estiagem, a
agricultura familiar mostra-se viável em quintais produtivos e sistemas
localizados de irrigação para a produção de hortaliças e fruteiras. A safra é
contínua, atende o consumo próprio e permite a venda do excedente na comunidade
e nos centros urbanos próximos.
Recentemente, pequenos produtores de base familiar
estiveram reunidos na Feira Regional de Agricultura Familiar e Economia Popular
Solidária, na cidade de Crateús. Foi uma oportunidade para venda de grãos,
verduras, legumes, frutas e de animais (galinha caipira, ovinos e caprinos) e
de troca de experiência sobre as tecnologias de convivência com o Semiárido e
de reaproveitamento da água usada em pias e lavatórios para irrigação de
hortaliças e fruteiras.
José da Luz Santos (Zé Chico) é produtor rural no município
de Tamboril. Desde 2006, mantém um quintal com cultivo de cheiro verde, alface,
beterraba e cenoura, na aldeia indígena Viração. Uma cisterna de enxurrada
assegura a reserva de água para a irrigação da horta. "Vendo de 15 em 15
dias na feira da agricultura familiar e na própria comunidade. Estou satisfeito
porque ajuda na renda", disse.
A agricultora Antonieta de Souza Araújo, 48, contou que a
partir de 1993 começou a aprender sobre a agricultura agroecológica, a
importância do cultivo orgânico para a proteção da saúde do produtor,
consumidor e do meio ambiente. "A nossa produção é orgânica e vem dando
certo", disse.
Antonieta Araújo trabalha na produção de hortaliças e
frutas, na localidade de Filomena, a 15Km da sede de Crateús. Tem ajuda do
marido e de três filhos. Dispõe de um cacimbão e de uma cisterna de enxurrada.
Com dedicação, eles tiram da terra o sustento da família, produzindo pimentão,
cheiro verde, alface e cenoura.
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