ALUNOS DA URCA Reunião termina sem consenso

Crato. Cerca de 500 alunos dos cursos de graduação da Universidade Regional do Cariri (Urca) se reuniram, no fim da tarde de ontem, para decidir, em assembleia, se iriam apoiar a paralisação dos professores da instituição, cujo indicativo de greve foi apresentado no início da noite da última terça-feira (29) à reitora Antônia Otonite de Oliveira Cortez. Metade dos alunos votaram pelo apoio aos docentes, enquanto os outros 50% decidiram não apoiar o movimento.

Metade dos estudantes decidiu aprovar a paralisação, enquanto a outra parte foi contra. Alguns resolveram acampar no campus Foto: Roberto Crispim
Após o anúncio do resultado da assembleia, os universitários decidiram acampar na sala de acesso ao gabinete da reitora e do vice-reitor da universidade. Pelo menos 50 alunos pernoitaram no local. Hoje, por volta das 8h, haverá nova assembleia, na qual os que apoiam a greve tentará convencer os dissidentes ao mesmo propósito.

Houve princípio de desentendimento entre os estudantes. Durante quase duas horas, os alunos apresentaram teses distintas em relação ao caso. Esgotado o prazo para apresentação das argumentações, a votação foi iniciada. O resultado gerou insatisfações e muitas dúvidas em relação à necessidade da deflagração da greve.

Reivindicações
Os alunos também cobram melhorias na infraestrutura dos campi da universidade que, conforme dizem, não possuem quaisquer condições para que aulas sejam ministradas. Os estudantes também afirmam que há falta de energia.

A universitária Eudiane Pinheiro, aluna de Educação Física, conta que, na semana passada, ela e os colegas foram expulsos das dependências do Crato Tênis Clube, onde algumas disciplinas eram ministradas, por causa no atraso de aluguéis devidos pela instituição educacional.

Alunos da Urca se reúnem em assembleia; veja vídeo




A reitora da Urca reconheceu que há demandas que ainda precisam ser atendidas. Para ela, é necessário que o crescimento da universidade e a comprovação da qualidade do ensino desenvolvido pela instituição seja levado em conta. "Estamos enfrentando as mesmas dificuldades que o País atravessou durante o mês de julho. É preciso também enxergar os avanços que foram alcançados nos últimos meses", salientou.

Sobre a greve dos professores, a reitora disse que prefere esperar o resultado da assembleia a ser realizada na próxima semana pela categoria.

"Acima de qualquer situação, iremos respeitar toda e qualquer decisão adotada pela assembleia dos professores. Em segundo lugar, asseguraremos as condições para que aqueles que não desejem participar do movimento possam exercer suas funções em sala de aula", informou. 

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