Pastoral da Sobriedade amplia ação



Crato. Preocupada com o contexto considerado como de degradação moral, a Diocese de Crato está implantando, em cerca de 30 Municípios de sua jurisdição, a "Pastoral da Sobriedade", que consiste numa ação da Igreja Católica na prevenção e recuperação da dependência química.

Neste fim de semana, está sendo realizado na Paróquia de São Francisco das Chagas, em Juazeiro do Norte, um Curso de Capacitação que tem como objetivo a formação de agentes pastorais da sobriedade. A solenidade de abertura contará com a presença de dom Fernando Pânico, que pretende expandir a Pastoral aos 32 Municípios da Diocese do Crato.

"Vivemos numa época em que nossas vidas e nossos valores são conduzidos pela tirania do mercado. Somos medidos pelo poder de consumo. Todos os dias nos são postos que só seremos felizes se usarmos isto ou aquilo. Todos os exageros são totalmente permitidos pela sociedade. É natural o uso de drogas licitas ou ilícitas entre os adolescentes. Na busca de um prazer imediato, tudo é permitido. A essência da vida está ameaçada", avalia o documento da Pastoral da Sobriedade.

A campanha nasceu em 1998, na 36ª Assembleia dos Bispos do Brasil, para responder à delicada questão do uso de drogas. E hoje, vai além. Trata de qualquer tipo de dependência - química ou não - vícios, manias, compulsões ou pecados. O primeiro núcleo da Diocese de Crato foi implantado há três anos, na Paróquia de São Francisco das Chagas, de Juazeiro do Norte, com o apoio do frei Barbosa.

A coordenadora da Pastoral é Teresinha Siebra Correia. Ela explica que, além das visitas às famílias envolvidas com o problema das drogas, é realizada uma reunião semanal, quando são repassadas e discutidas as orientações da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Durante as reuniões, segundo Teresinha, é proposto o Programa de Vida Nova, por meio da vivência dos 12 Passos da Sobriedade Cristã: admitir, entregar, confiar, arrepender-se, renascer, confessar, reparar, professar a fé, orar e vigiar, servir, celebrar e festejar.

A Pastoral busca implantar grupos de autoajuda nas paróquias e desenvolver a formação permanente dos agentes já capacitados, sempre com o objetivo de recuperar todo e qualquer tipo de dependente químico. O monsenhor João Bosco Cartaxo Esmeraldo, reitor do Santuário Diocesano do Crato, define a Pastoral como um trabalho conjunto que visa a integração entre todas as Pastorais, movimentos, comunidades terapêuticas, casas de recuperação para, por meio da "Pedagogia de Jesus - Libertador", resgatar e reinserir os excluídos, propondo uma mudança de vida pela conversão. "É uma resposta da Igreja a uma problemática social", justifica o monsenhor.

matéria pesquisada do diario do nordeste.

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