QUEM É QUE SENTE SAUDADE


Está exposto no barracão
O que um dia foi real
Lamparina, pote, xícara
Quartinha cachimbo e milharal
Cantareira fumo de rolo
Pé de pote segura o tal

Tem lenha lascada no pé
No jeito de ferver mingau
E na trempe de um fogão
Pãozeira mudando o visual
Tem um fogo bem aceso
Parecendo um bacurau

Assim mesmo que vivia
Nossa gente no passado
Misturando sangue e suor
Quando era um empregado
Outros nem tossim rançoso
No prato era misturado

Não esquecendo o pilão
Que tanta mão engrossou
Os calos pilando pra pão
Mungunzá gente enjoou
Isso lembra o sobe e desce
Mão de pilão não aprovou

Pra matar fome de pobre
Jerimum sempre foi salvação
A cuia para lavar os pés
Vassoura causava a diversão
Arupemba balaio com fuso
Torcendo linha vinda do algodão

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