O consumidor cearense já está pagando pela terceira gasolina
comum mais cara dentre os 26 estados e o Distrito Federal. De acordo com dados
da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), coletados
entre os dias 27 de dezembro de 2015 e 2 de janeiro deste ano, o preço médio do
litro do combustível no Ceará está custando R$ 3,869, o que coloca o Estado
atrás apenas do Acre (R$ 4,079) e de Roraima (R$ 3,872), onde foram detectados
os maiores valores.
O valor da gasolina vendida no Ceará
está acima do registrado em estados com Rio de Janeiro (R$3,842), São Paulo (R$
3,508), Minas Gerais (R$ 3,669) e Santa Catarina (R$ 3,497), onde foi
registrado o menor preço médio da gasolina no País.
O produto comprado pelos cearenses
também é o mais caro do Nordeste, com preço médio mais alto que os encontrados
em estados como Bahia (R$ 3,768), Alagoas (R$ 3,749), e Rio Grande do Norte (R$
3,737).
Ainda segundo a ANP, o valor médio da
gasolina mais barato da região foi encontrado na Paraíba (R$ 3,538).
O combustível comercializado em
território cearense teve um aumento no preço médio de 41,59% nos últimos quatro
anos, considerando-se o comparativo de dados da ANP de dezembro de 2012 e igual
período do ano passado.
Ao considerarmos apenas o confronto
entre o último mês de 2015 e dezembro de 2014, houve uma elevação de 21,61% no
valor médio do combustível.
Especificamente em Fortaleza, houve uma
valorização ainda maior. Nos últimos quatro anos, o aumento foi de 44,36% no
preço médio da gasolina na Capital. Só no último ano, o valor subiu 21,79%.
Municípios
Considerando-se os 16 municípios
cearenses onde a ANP coletou valores, Ipu assume o primeiro lugar no ranking
com o maior preço médio da gasolina no Estado (R$ 3,949). Em seguida, figuram
Limoeiro do Norte, onde o litro do combustível é comercializado por, em média,
R$ 3,932, e Itapipoca, onde é vendido por R$ 3,907. Juazeiro do Norte é o
município onde o litro da gasolina sai mais barato para o consumidor cearense
(R$ 3,752).
Custos
na cadeia
Questionado sobre as causas dos preços
praticados em estabelecimentos cearenses, o Sindicato do Comércio Varejista de
Derivados de Petróleo do Estado do Ceará (Sindipostos-CE) disse em nota que vem
repassando os aumentos de custos ao longo de toda a cadeia de circulação dos
combustíveis no País e "os postos são apenas os últimos elos da cadeia
comercial. No Ceará, há questões que agravam esse cenário, como a logística do
Terminal do Mucuripe e o elevado custo do frete terrestre".
O Sindicato Nacional das Empresas
Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom), por sua vez,
disse que não comenta os preços dos combustíveis, pois respeita "as
premissas de livre mercado. Além disso, cada distribuidora tem a sua política
comercial e decide o preço que vai praticar. Essas informações são restritas à
área comercial de cada empresa".
Conteúdo
complementar
Confira os preços de gasolina fornecidos
por cada um dos postos pesquisados pela Agência Nacional de Petróleo, Gás
Natural e Biocombustíveis nos municípios do Ceará.
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