O combate ao Aedes aegypti, mosquito transmissor das doenças dengue,
zika e chikungunya, tem sido uma das prioridades da saúde pública em todo o
país. Em Várzea Alegre, a 315 quilômetros de Fortaleza, uma solução criada por
estudantes de uma escola pública promete auxiliar no combate ao mosquito.
Há um ano, os alunos Pedro Vitor Ferreira e Vinicius Cardoso, ambos de 16
anos, iniciaram um projeto que utiliza um drone em combate ao mosquito.
Cursando o curso técnico em Eletrotécnica na escola estadual Dr. José
Iran Costa, Pedro destaca que a ideia do projeto surgiu após uma brincadeira.
“Sou praticante de aeromodelismo e desse hobbie vi que poderíamos
transformar uma brincadeira em uma solução para um problema. Esse nosso
equipamento serve pra inúmeras áreas, só que decidimos ficar somente em uma
área que foi a dengue”, destacou.
O projeto busca um monitoramento de vídeo em possíveis locais onde
há maior probabilidade de possuir focos de reprodução do mosquito transmissor.
“A câmera atinge uma abertura de 170 graus, o que facilita a visão de
possíveis focos. Ele conta com um cesto para coleta de água parada onde as
larvas possam estar e também leva um recipiente para transporte do larvicida,
produto usado para matar as larvas. Isso acaba facilitando o trabalho dos
agentes”, explica.
Mesmo com a inovação, o estudante destaca que não teve nenhum incentivo
financeiro para a realização do projeto. Segundo Pedro, todas as peças foram
caras e de difícil acesso, já que são importadas. Contudo, ele garante que
ainda busca um apoio para evoluir ainda mais a sua iniciativa.
“Queremos um apoio financeiro para poder ampliar esse projeto. Ele está
99% completo, mas um dos rádios deu problema. O nosso projeto custou em torno
de R$ 4,5 mil para ser montado e partiu somente do nosso bolso. Queríamos um
novo olhar para ele, pois se trata de uma necessidade da nossa região”, conta.
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