A Campanha da Fraternidade Ecumênica (CFE) 2016 será
lançada, oficialmente, neste dia 10 de fevereiro. O tema da Campanha é “Casa
Comum, nossa responsabilidade”. O lema bíblico é “Quero ver o direito brotar
como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca”. (Am 5.24)
O objetivo chamar atenção para a questão do direito
ao saneamento básico para todas as pessoas, buscando fortalecer o empenho, à
luz da fé, por políticas públicas e atitudes responsáveis que garantam a
integridade e o futuro da Casa Comum, ou seja, do planeta Terra.
A Campanha da Fraternidade Ecumênica é realizada
pelo Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC) e assumida pelas
igrejas-membro: Católica Apostólica Romana, Evangélica de Confissão Luterana no
Brasil, Episcopal Anglicana do Brasil, Presbiteriana Unida do Brasil e Sírian
Ortodoxa de Antioquia. Além dessas igrejas, estão integradas à Campanha a
Aliança de Batistas do Brasil, Visão Mundial e Centro Ecumênico de Serviços à
Evangelização e Educação Popular (CESEEP).
Este ano, a CFE terá dimensão internacional, pois
será realizada em parceria com a Misereor – entidade da Igreja Católica na
Alemanha que trabalha na cooperação para o desenvolvimento na Ásia, África e
América Latina.
O Brasil é um dos países com o índice mais alto de
pessoas que não possuem banheiro com quase 7,2 milhões de habitantes, de acordo
com o Progress on Sanitation and Drinking-Water, 2014. Cerca de 35 milhões de
pessoas não contam com água tratada em casa e quase 100 milhões estão excluídas
do serviço de coleta de esgotos, como aponta publicação, de 2015, do Instituto
Trata Brasil.
Ainda de acordo com o Trata Brasil, a cada 100
litros de água coletados e tratados, em média, apenas 67 litros são consumidos.
Contudo, 37% da água no Brasil é perdida, seja com vazamentos, roubos e
ligações clandestinas, falta de medição ou medições incorretas no consumo de
água, resultando no prejuízo de R$ 8 bilhões. A soma do volume de água perdida
por ano nos sistemas de distribuição das cidades daria para encher seis
sistemas Cantareira. Eis o porquê de se falar desse assunto, uma vez que afeta
a saúde pública, a dignidade humana, a sustentabilidade do planeta e, também, a
economia.
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