Iguatu. O nível médio atual dos reservatórios
monitorados pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) permanece
crítico e é um dos mais baixos para o último mês (maio) da quadra chuvosa no
Ceará. Atualmente, está em 13%. Obteve apenas 1% de acréscimo em relação a
março passado, quando chegou a 12%.
Os reservatórios estratégicos vêm perdendo volume e a aproximação de
mais um verão prolongado (julho a dezembro) vai trazer perda significativa de
água em decorrência do aumento do consumo e da evaporação. O Ceará tenta se
preparar para enfrentar os meses secos e assegurar oferta de água para a
população de centros urbanos e áreas rurais. O quadro de perda de reservas
hídricas é avaliado a cada semana pelo Comitê Integrado de Convivência com a
Seca. Para o governo, as alternativas dispostas permanecem as mesmas de épocas
passadas: abastecimento por carro-pipa, perfuração de poços e instalação de
adutoras de montagem rápida.
Um histórico dos últimos 20 anos revela que o volume médio acumulado nos
reservatórios do Ceará, que são monitorados pela Cogerh, oscilou
significativamente entre 1995 e 2016, mas o nível atual é o mais baixo do
período. Desde 2011 que os açudes vêm perdendo reserva. Em junho de 2015, após
o fim da quadra chuvosa os reservatórios acumulavam 19,4% e seis meses depois,
em janeiro de 2016 chegou a 12,1%. Agora está em 13,4%. A situação poderia
estar bem pior se não fossem as chuvas de janeiro.
Atualmente, a bacia hidrográfica que apresenta a situação mais crítica é
a do Baixo Jaguaribe com um acúmulo médio de apenas 0,2%. Em seguida, a Bacia
do Banabuiú com 3,0% e a do Curu com 3,1%. O quadro permanece preocupante nos
Sertões de Crateús com acúmulo de um volume médio de 4,5%.
Há 23 açudes secos e 34 com volume morto. Três permanecem sangrando:
Caldeirões, Gameleira e Quandu. Somente quatro estão com volume acima de 90%:
Aracoiaba, Colina, Maranguapinho, e Tijuquinha, enquanto 117 estão abaixo de
30%. (H.B.)
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